terça-feira, 24 de abril de 2012

Refletindo sobre a decisão do STJ na questão do aborto do anencéfalo.

Caros Leitores;

Por ter este blog a finalidade de levar os leitores a refletirem sobre as coisas que nos apresenta o dia-a-dia, reflitamos, agora, sobre a possibilidade de tornar lei o aborto dos fetos anencéfalos.
Eu deixo escrito neste blog o que penso sobre este assunto e, antecipo que cada qual tem o direito de ter opinião diferente da minha, portanto, não criarei nenhum tipo de polêmica, apenas, permitirei que os leitores coloquem também suas opiniões.
Atualmente as religiões, em maioria, nos ensinam sobre a perfeição absoluta em que foi criado o Universo. Sendo Deus, nosso Criador e Nele se encontra a união de todos os seus atributos que são infinitamente perfeitos, sinto-me na obrigação de acreditar que alguns desses atributos sejam o amor, a sabedoria, a justiça, a compreensão, a caridade e outros.
Eu acredito em Deus e acredito que somos criados por Ele como Espíritos Imortais que para se manifestarem nesse nosso Planeta necessitam de ter um corpo físico que permita nosso movimento dentro de um habitat também físico. Este habitat é o meio que Deus encontrou para nos colocar em prova do quanto já aprendemos no nosso caminho perfectível e nos testar na nossa evolução espiritual.
Na infinita sabedoria do Rei do Universo acredito que o que parece casual ou destrutível é efeito de programação feita por Ele, transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia. Se Ele é perfeito, então, tudo que Ele faz e permite acontecer é perfeito, embora a nossa capacidade cognitiva não veja a perfeição. Assim sendo, qualquer que seja a obra do Nosso Criador revela a vontade Dele. Se não for de Sua vontade Ele se encarrega de destruí-la.
Abortar o feto anencéfalo, para mim, só se valida sendo aborto natural. A partir do momento da fecundação, existe vida e, esta, só pode ser interrompida pela Natureza. Esta minha opinião também é válida para criticar o aborto feito legalmente quando se trata de estupro. A vida é natureza e ela sabe
quando deve chegar e quando deve partir.
Aceitar o aborto do anencéfalo abri caminho para no futuro, com a desculpa de poupar o sofrimento inútil da gestante, aceitar também o aborto dos fetos que nascerão com algum problema físico. Não importa se viverão durante horas ou anos, o que importa é que tiveram a chance de nascerem. Não cabe aos homens decidirem quem deve ter esta chance, pois não nos cabe o direito de interromper qualquer vida de qualquer ser humano.
Seres humanos sim. Lembrem-se que somos Corpo e Espírito atuando no habitat chamado Terra.
                                                                                                                  

                                                                             Loraine Reato
                                                                               24-04-2012