segunda-feira, 11 de março de 2013

Veracidade das Mensagens Mediúnicas Quanto a Tragédia de Santa Maria

                              

Visualizar

         Quase dois meses se passou da tragédia de Santa Maria e o número de mensagens psicografadas, dando notícias de como se encontram esses jovens que se foram para o Plano Espiritual continuam a aumentar, vindas de todos os cantos do Brasil.
          Como muitas pessoas que me conhecem sabem que por alguns anos eu me dediquei a ministrar aulas nos cursos básicos da Doutrina Espírita, e esta, tem como um dos seus ensinos principais a comunicação entre Espíritos Encarnados e Desencarnados, algumas dessas pessoas vieram me perguntar sobre a veracidade destas comunicações recebidas. Perguntaram-me se era mesmo verdade que esses jovens foram os algozes de outros homens e que eles morreram da mesma forma que fizeram outros morrerem em vidas passadas?
          Em nenhum momento eu diria que me sinto apta a responder.  Não, não tenho como dizer se isto é verdade.  Contudo, eu posso responder que segundo a Doutrina Espírita tudo que fazemos tem consequência, sejam boas ou más, e estas, só as recebemos quando estamos prontos para recebê-las e isto implica em capacidade de aceitação além de que algumas situações só conseguimos nos preparar para assumir essas consequências muito tempo depois, e este tempo pode ser tão longo que passamos várias reencarnações nos preparando para tal consequência.
          Outra coisa que posso responder é sobre acreditar ou não em mensagens mediúnicas. Entre as pessoas que se iniciam na Doutrina Espírita e entre as que tem pouco conhecimento da realidade das comunicações entre planos físico e espiritual, é muito comum esta dúvida de acreditar ou não na mensagem.   Sendo assim, vou responder de forma fácil de compreensão para qualquer dessas pessoas, a resposta que sempre dei aos alunos e que continua sendo a que dou até hoje porque é nela que eu acredito e me fio: NÃO IMPORTA O MENSAGEIRO, O QUE IMPORTA É A MENSAGEM.
          Eu aprendi, e pude observar através de anos de experiência em Educação Mediúnica e pelos estudos que ainda faço para aprimorar meus conhecimentos desta Doutrina que, embora a psicografia que  mais chega perto da fidelidade do transmissor é a psicografia mecânica, àquela conhecida como psicografia inconsciente, seja a mais fiel, ela está quase extinta e raros são os médiuns que trabalham de forma inconsciente, justamente porque não é o que os Espíritos Superiores querem ou nos ensinam, pelo contrário, a Espiritualidade nos ensina que somos soberanos no uso do nosso próprio corpo, por isso, temos responsabilidade de não deixar que ninguém o use como se ele fosse seu. É bondade de cada médium se permitir ser o meio de passar a mensagem entre os dois planos e, é atitude de responsabilidade do mesmo que a mensagem seja passada o mais fiel possível. Entretanto, temos entre nossos médiuns psicográficos, vários em graus de conhecimento, inteligência, intelectualidade, moralidade, fidelidade a sua tarefa mediúnica, etc. Por esse motivo, ou seja, por essa variedade de condições de médiuns, não podemos esperar deles a perfeição da transmissão da mensagem. Podemos esperar deles o máximo que eles podem dar, mas que, infelizmente, só eles sabem quanto eles podem. Cabe a nós apenas o discernimento e a capacidade de ler ou ouvir a mensagem com o coração e a razão, que são as parte que existem em nós que mais se aproximam do Divino.
          Antes de criticar ou colocar a prova à veracidade de uma mensagem mediúnica é preciso levar em consideração tanto as condições físicas do médium quanto a moralidade dele e avaliar, no mínimo, superficialmente as condições intelectuais do mesmo.
          Quanto à mensagem transmitida, eu penso que é primordial a essência do contexto dela, importa a mensagem e não o mensageiro. Este pode ser quem for e escrever ou transmitir a mensagem do jeito que estiver ao alcance dele.  Não se deve considerar acréscimo ou falta de palavras, nem tampouco erros de escrita. Muitas vezes acontece de o médium não entender direito a palavra inspirada ou ditada e nem se apercebe disto passando uma palavra com significado próximo. Os amigos da Espiritualidade deixa que seja assim, quando a palavra não vai arruinar ou comprometer a mensagem. Caso não haja este comprometimento, então, eles deixam como o médium interpretou porque sabe que o médium esta dando o seu melhor e que ele está no tempo dele, no seu turno, e que ele ainda tem muito chão pela frente no caminho da perfectibilidade. Veja que eu usei perfectibilidade e não perfeição!
          Acho que da parte do médium, a intenção dele ao transmitir a mensagem é que deve ser avaliada. Quanto à mensagem propriamente dita, eu acho que devemos avaliar segundo o nosso discernimento fundamentado no amor e na razão, ou seja, na sensatez.
           Em relação a confortar quem quer que seja na tragédia de Santa Maria, se nosso amor e nossa razão entender, na mensagem mediúnica a essência da intenção de conforto vindo da Espiritualidade como uma forma de acalmar os corações, principalmente dos pais, irmãos e amigos daqueles jovens, por que não acreditar?
  1.           Quanto à resposta que não conseguirei responder, àquela que diz que eles vieram resgatar alguma coisa do passado; pagar um mal que fizeram; provar do mesmo veneno e coisa e tal, eu sugiro que façam o mesmo que eu: vejam como algo muito bom. Algo comparado ao alívio de ter conseguido, honestamente, quitado uma imensa dívida por meio de muito trabalho, sacrifício e renúncia.