sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO

Olá amigos leitores!

          Com muita alegria vamos tratar hoje de um assunto que agrada bastante tanto os adeptos da Doutrina Espírita quanto os iniciantes nela. 
           Busquei um texto de fácil entendimento para sabermos um pouco mais do tão envolvente tema que se define como "O Planejamento Reencarnatório". Eu o encontrei num livro intitulado "Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita", organizado pela área de Estudo da FEESP.
            Assim transcrevo o que li.
            Espero que gostem.
 
 

          Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcança-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal.  Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.  Partindo desta assertiva, compreendemos que não há improvisação nos procedimentos que antecedem as experiências reencarnatorias.  Existe, na verdade, uma planificação fundamental na lógica e na moralidade, tendo em vista o progresso espiritual da criatura humana.  Neste sentido, a escolha das provas no planejamento reencarnatório merece cuidados especiais por parte dos Espíritos planejadores.

          Conscientes das implicações desses esclarecimentos, ocorrem-nos automaticamente algumas indagações: Quando é definido o momento da reencarnação? Quais as condições que determinam que é chegada a hora do retorno à vida corporal? Podemos selecionar as provas ou existências que vivenciaremos no plano físico? Que critérios são utilizados, por exemplo, para a escolha de nossos pais e demais familiares, ou da cidade e pais em que reencarnaremos? Como são definidas questões relativas ao casamento, aos filhos, à profissão?

          A Doutrina Espírita coloca ao nosso dispor esclarecidas respostas para essas e outras questões: O homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na doutrina da reencarnação.  Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele. Sustém-se, porém, e lhe reanima a coragem a ideia de que aquela inferioridade não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será conquista-lo. Quem é que, ao cabo de sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito?  Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência.

          A reencarnação, porém, não dispensa planejamento, mesmo em se tratando das reencarnações mais simples.  Este planejamento pode ser elaborado pelo próprio Espírito que deseja ou necessita reencarnar, desde que ele tenha condições morais e intelectuais para tanto. O planejamento, pode, no entanto, ser delegado a um Espírito esclarecido, caso o reencarnante não ofereça, no momento, condições para planejar a própria reencarnação, ou opinar sobre a mesma.  O Espírito mais adiantado em moralidade e em conhecimento escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o  seu livre-arbítrio. Neste assunto, como em outros, sabemos que não existe livre-arbítrio absoluto, mesmo em se tratando de Espíritos verdadeiramente superiores.  Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus quem estabeleceu todas as leis que regem o Universo. Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiverem. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal.  Se vier a sucumbir, restar-lhe-á a consolação de que nem tudo se lhe acabou e que a bondade divina lhe concede a liberdade de recomeçar o que foi mal feito.

           É importante destacar que o planejamento reencarnatório prevê, em geral, apenas os principais acontecimentos que poderão ocorrer no mundo físico. Os Orientadores Espirituais nos esclarecem: Escolhestes apenas o gênero das provações.  As particularidades correm por conta da posição em que vos achais; são muitas vezes, consequências das vossas próprias ações.   Escolhendo, por exemplo, nascer entre malfeitores, sabia o Espírito a que arrastamentos se expunha; ignorava, porém, quais os atos que viria a praticar.  Esses atos resultam do exercício da sua vontade, ou do seu livre-arbítrio.  Sabe o Espírito que, escolhendo tal caminho, terá que sustentar lutas de determinada espécie; sabe, portanto, de que natureza serão as vicissitudes que se lhe depararão, mas ignora se se verificará este ou aquele êxito. Os acontecimentos secundários se originam das circunstâncias e da força mesma das coisas.  Previstos só são os fatos principais, os que influem no destino. Se tomares uma estrada cheia de sulcos profundos, sabes que terás de andar cautelosamente, porque há muitas probabilidades de caíres; ignoras, contudo, em que ponto cairás e bem pode suceder que não caias, se fores bastante prudente.  Se, ao percorreres uma rua, uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito, segundo vulgarmente se diz.

          Independentemente de um Espírito ter elaborado ou participado efetivamente do próprio planejamento reencarnatório, não há garantias de que esse planejamento será cumprido, total ou parcialmente. Sabemos haver Espíritos que desde o começo tomam um caminho que os exime de muitas provas. Aquele, porém, que se deixa arrastar para o mau caminho, corre todos os perigos que o inçam. Pode um Espírito, por exemplo, pedir riqueza e ser-lhe esta concedida. então, conforme o seu caráter, poderá tornar-se avaro ou pródigo, egoísta ou generoso, ou ainda lançar-se a todos os gozos da sensualidade.

           Percebe-se, pois, que a questão do planejamento reencarnatório está ligada às consequências do uso do livre-arbítrio, situação que sempre reflete o nosso nível de evolução moral e intelectual.  O livre-arbítrio, repetidamente utilizado de forma incorreta, restringe a nossa capacidade de opinar em um novo planejamento.  É por essa razão que os Espíritos dedicados a esse gênero de tarefa consideram todas as ações que excutamos, antes e depois da desencarnação, definindo critérios norteadores do planejamento reencarnatório que nos cabe. Efetivamente logo após a morte do corpo físico, sofre a alma culpada minucioso processo de purgação, tanto mais produtivo quanto mais se lhe exteriorize a dor do arrependimento, e, apenas depois disso, consegue elevar-se a esfera de reconforto e reeducação. Se a moléstia experimentada na veste somática foi longa e difícil, abençoadas depurações terão sido feitas, pelo ensejo de autoexame. Todavia, se essa operação natural não foi no circulo carnal, mais se lhe agravam os remorsos, depois do túmulo, por recalcados na consciência, a aflorarem, todos eles, através de reflexão. Criminosos que mal ressarciram os débitos contraídos, instados pelo próprio arrependimento, plasmam, em torno de si mesmos, as cenas degradantes em que arruinaram a vida íntima.  Caluniadores que aniquilaram alheia vivem pesadelos espantosos, regravando nas telas da memória os padecimentos das vítimas. Tiranetes diversos volvem a sentir nos tecidos da p´ropria alma os golpes que desferiram nos outros, e os viciados de toda a sorte experimentam agoniada insatisfação, qual ocorre também aos desequilibrados do sexo. As vítimas do remorso padecem, assim, por tempo correspondente às necessidades de reajuste, larga internação em zonas compatíveis com o estado espiritual  que demostram.

          Passado este período de perturbação espiritual, ocorrido após a desencarnação, e tão logo revele os primeiros sinais de positiva renovação para o bem, registra o Espírito, o auxílio das Esferas Superiores, que, por agentes inúmeros, apoiam os serviços da Luz Divina onde a ignorância e a crueldade se transviam na sombra. Qual doente, agora acolhido em outros setores pela encorajadora convalescença de que dá testemunho, o devedor desfruta suficiente serenidade para rever os compromissos assumidos na encarnação recentemente deixada, sopesando os males  e sofrimentos de que se fez responsável.  Muita vez, ascendem a escolas  beneméritas, nas quais a recolhem mais altas noções da vida, aprimoram-se na instrução, aperfeiçoam impulsos e exercem preciosas atividades, melhorando os próprios créditos; todavia, as lembranças dos erros voluntários, ainda mesmo quando as suas vitimas tenham já superado todas as sequelas dos golpes sofridos, entranham-se no  Espírito por "sementes de destino", de vez que eles mesmos, em se reconhecendo necessitados de promoção a níveis mais nobres, pedem novas reencarnações com as provas de que carecem para se consigo próprios. Nesses casos, a escolha da experiência é mais que legítima, porquanto, através da limpeza de limiar, efetuada nas regiões retificadoras, e pelos títulos adquiridos nos trabalhos que abraça, no plano extra físico, merece a criatura os cuidados preparatórios da nova tarefa em vista, a fim de que haja conjugação de todos os fatores, para que reencontre os credores ou as circunstâncias imprescindíveis, junto aos quais se redima perante a Lei.

          Os Espíritos no início do processo evolutivo, ou portadores de marcante perturbação espiritual, ou ainda que demonstrem persistente estado de rebeldia perante a Lei de Deus estão temporariamente impedidos de opinar no próprio  planejamento reencarnatório.  Nesta situação, a experiência reencarnatória é tutelada por um Espírito esclarecido, apresentando características de compulsoriedade.  Como o Espírito não tem condições de programar a sua reencarnação, Deus lhe supre a inexperiência (no caso do Espírito simples e ignorante), traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu libr-arbítrio se desenvolve, senhor  de proceder à escolha e só então é que muitas vezes extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons Espíritos. Deus impõe ainda a tutela de um Espírito esclarecido sobre outro, quando este, pela sua inferioridade ou má vontade, não se  mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil, e quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo que lhe sirva de expiação.

              Entretanto,  reencarnações se processam, muita vez, sem qualquer consulta, aos que necessitam segregação em certas lutas no plano físico, providências essas comparáveis às que assumimos no mundo com enfermos e criminosos que, pela própria condição ou conduta, perderam temporariamente a faculdade de resolver quanto a sorte que lhes convém no espaço de tempo em que se lhes perdura a enfermidade ou em que se mantenham sob as determinações da justiça.  São os problemas especiais, em que a individualidade renasce do cérebro parcialmente inibido ou padecendo mutilações congênitas, ao lado daqueles que lhe devam abnegação e carinho.

                 O momento preciso para iniciar um planejamento reencarnatório é infinitamente variável de Espírito para Espírito. Depende do grau de entendimento de cada um. Sabe-se, por exemplo, que o Espírito leva mais tempo para fazer a escolha das suas provas quando acredita na eternidade das penas após a desencarnação.

                O que motiva um Espírito a fazer a escolha de suas provações, ou concordar com a escolha feita por outro Espírito, é a natureza das suas faltas, as que o levam à expiação destas e a progredir mais depressa. Uns, portanto, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem; outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar, pelas paixões inferiores que desenvolvem; muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contato com o vicio. O certo é que se se soubermos, porém, suar no trabalho honesto, não precisaremos suar e chorar no resgate justo.  E não se diga que todos os infortúnios da marcha de hoje estejam debitados a compromissos de ontem, porque, com a prudência e a imprudência, com a preguiça e o trabalho, com o bem e o mal,  melhoramos ou agravamos a nossa situação, reconhecendo-se que todo o dia, no exercício de nossa vontade, formamos novas causas, refazendo o destino.

                Em suma, podemos afirmar que os planejamentos reencarnatórios são muito diversificados, porque diversas são as necessidades humanas.  Cada entidade reencarnante apresenta peculiaridades essenciais na recorporificação a que se entrega na esfera física, quando cada pessoa expõe características diferentes quando se rende ao processo liberativo, não obstante o nascimento e a morte parecerem iguais. Os Espíritos categoricamente superiores, quase sempre, em ligação sutil com a mente materna que lhes oferta guarida, podem plasmar por si mesmos, e, não raro, com a colaboração de instrutores da Vida Maior, o corpo em que continuarão as futuras experiências, interferindo nas essências cromossômicas, com vistas às tarefas que lhes cabem desempenhar.  Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões, padecendo monodeísmo tiranizante, entram em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam, experimentando o definhamento do corpo espiritual, sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino, em circunstâncias adequadas, para a reencarnação que lhes toca, em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade.  Entre ambas as classes, porém, contamos com milhões de Espíritos medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dividas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão.

           No livro de André Luiz E A Vida Continua..., psicografia de Francisco Candido Xavier, há o relato, no início do capítulo vinte e seis, sobre a existência de um Instituto de Serviço para Reencarnação no plano espiritual. Na colônia Nosso Lar (livro Nosso Lar, do mesmo autor espiritual), o planejamento reencarnatório está afeto ao Ministério do Auxílio. Na Colônia Correcional Maria de Nazaré, voltada para atendimento aos suicidas, existe o Departamento de Rencarnação localizado no extremo da Colônia, segundo as informações que fazem parte do livro "Memórias de Um Suicida", segunda parte, obra mediúnica de Yvonne do Amaral Pereira, edição FEB. Os livros, "Missionários da Luz, capítulos, 12 e 13, e  E A Vida Continua, capítulos 16 a 26, trazem relatos elucidativos sobre o planejamento reencarnatório e as condições de execução das reencarnações.    

 
Ref. Bibliográficas: O Livro dos Espíritos - Allan Kardec - questões 258, 259, 261, 262, 263 e 264.
                                 E todos os livros citados no último parágrafo do texto acima.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

FANATISMO RELIGIOSO

Olá amigos leitores

 

          Hoje vou escrever um pouco sobre o fanatismo religioso dentro da Doutrina Espírita. Li sobre este assunto em vários livros e jornais espíritas, mas o que me pareceu mais claro, ou de mais fácil entendimento,  foi o texto encontrado num livro da Fraternidade dos Discípulos de Jesus - "Iniciação Espírita", da Editora Aliança.  Diz o texto:

 

                                           FANATISMO RELIGIOSO

          A Doutrina dos Espíritos é obra que vem sendo edificada nos corações dos homens a exemplo da planta que cresce entre os abrolhos e o mato deteriorante e que, no decurso da sua evolução , se eleva, sobreia e acolhe tudo o que, no tempo, se perdeu em baixo, espalhando então, aos homens, os frutos do seu valor. No entanto, não são aconselháveis as posições de companheiros que, na defesa dos postulados Kardecistas , até mesmo esquecem da tolerância religiosa para com o próximo, e provocam desuniões na família espírita.  Carecemos ainda, no nosso convívio religioso, de estabelecer com amor e compreensão, os diálogos fraternos, a aferição dos rumos doutrinários em favor da massa obscura que necessita, principalmente, de caridade, entendimento e orientação para Cristo.

          Lembremos as palavras do nosso Sublime Mestre que, em preparando os discípulos para a continuação da sua obra redentora disse: E por muito vos amardes sereis reconhecidos como meus discípulos.  Ainda muito distanciados nos encontramos dessa vivência evangélica exaltada por Jesus.

         Emmanuel esclarece com muito acerto: "Recordemos que o supremo orientador das equipes de serviço cristão é sempre Jesus. Dentro delas, a nossa oportunidade de algo fazer constitui só por si valioso premio." 

         É ainda o amor a forma que reúne as únicas condições de harmonização das criaturas e, em particular, com prioridade, a família espírita.

         É muito comum e compreensível a euforia que, de momento, os iniciantes na Doutrina dos Espíritos sentem e dai passam a viver os primeiros impulsos de transformação rápida no seu comportamento, fruto do amadurecimento repentino.  O entusiasmo exagerado inibe a ponderação e o raciocínio nas atitudes e no falar.  Achamos, nessa fase, que já nos melhoramos da noite para o dia e,  sem nos auto vigiarmos, nos consideramos verdadeiros discípulos, embora os nossos atos sejam contrários à razão, ao bom-senso.

          O fanatismo religioso caracteriza-se pela aceitação cega, resultante da imaturidade interior, do pouco conhecimento doutrinário e, desse modo, torna-se perigoso ao seguidor e ao próprio Espiritismo.   Muitos aceitam sem a devida análise, as comunicações trazidas por médiuns, em muitos casos desequilibrados, que transmitem conselhos absurdos de entidades mistificadoras.  A evolução é sempre lenta e sempre conquistada no trabalho íntimo, no estudo e na prática dos ensinamentos cristãos.

           Entre as manifestações do fanatismo religioso, destacamos a intolerância para com as demais religiões, esquecidos que só o amor constrói e que os laços sutis de fraternidade independem dos aspectos externos, dos formalismos e dos rituais religiosos.

           Jesus pregava e distribuía a caridade a todos, sem perguntar nem separar segundo credo religioso de cada um.  A todos Ele chamava de irmãos.

           Não deixemos que a intolerância religiosa nos envolva, criando separações entre quem quer que seja, principalmente no seio da própria fa mília espírita.  Preocupemo-nos com os frutos que possamos produzir, com o amor que possamos unir, pois "só por muito nos amarmos seremos reconhecidos  como discípulos de Jesus".

         
         
 
 

 

sábado, 12 de julho de 2014

A VIDA ESPÍRITA

Olá amigos leitores!
 
          Tenho notado que um número de pessoas que vivem fora do Brasil acessam bastante este blog. Não sei exatamente se são estrangeiros ou apenas brasileiros morando nesses países, mas, o que sei é que eles estão procurando saber sobre o que tenho para mostrar em relação ao Espiritismo.  Conclui, devido a esta grande procura, que aumenta a cada vez que verifico o número de leitores de outros países, é que existem pessoas espalhadas pelo mundo interessadas em saber mais sobre a vida espiritual, como ela se estabiliza entre nós, os encarnados.
          Claro que não posso dizer que sou profunda conhecedora ou estudiosa da  Doutrina Espírita, mas com certeza posso dizer que sou adepta a ela e procuro me orientar dentro dos seus ensinamentos que  busco em livros de autores merecedores de dizer que são profundos conhecedores e estudiosos dela, assim como procuro me ater nos conhecimento dos voluntários estudiosos da mesma, que de bom grado nos auxiliam neste conhecimento através de palestras e cursos ministrados em Casas Espíritas.  Então, seguindo o conselho do Espírito Emmanuel que aconselhou seu discípulo Chico Xavier: "estude, estude e estude", da mesma forma como o aconselhou a ter "disciplina, disciplina e disciplina", eu resolvi que seria o melhor para mim seguir este mesmo concelho.   
           Lógico que estou bem longe de me ver estudiosa e disciplinada como Chico Xavier, nem posso dizer que chego quilômetros de distância, pois sei que é muito, muito, muito mais que isso. Sou como a maioria dos meus leitores:  pessoas interessadas em aprender mais sobre a Doutrina Espírita e tentar se guiar por ela.
            Na Codificação Espírita, escrita em meados do século XIX,  por diversos Espíritos Sublimes e sistematizada por Allan Kardec, em forma de perguntas e respostas, assim como textos de fácil entendimento, uma das coisas evidenciada é que sempre que possível, ou que surja a oportunidade, espalhar os ensinamentos dados pelos Espíritos com muito discernimento e para que isto seja possível é preciso, de fato, estudar e ter disciplina nos assuntos que a Doutrina Espíritas trás. Outra de maior importância é que antes de ensinarmos qualquer coisa aos homens é que sejamos humildes e cônscios de saber se o que ensinamos é digno de ser considerado agregação em prol da  transformação do homem comum para o homem de bem.
            Tendo isto como certo, percebo que sendo eu Espírita, tenho também que dar minha contribuição dentro do aspecto de expandir o Espiritismo.  Assim faço deste meu blog, uma das ferramentas usadas para tal, e, sugiro aos leitores ainda leigos neste assunto, assim como aqueles que são iniciantes, ou ainda os que almejam saber cada vez mais, que a primeira providencia a ser tomada é se inteirar do que se trata a Codificação Espírita de Kardec, e que está sistematizada em cinco obras: O Livro dos Espíritos; O Evangelho Segundo o Espiritismo; O Livro dos Médiuns; A Genesis e  O Céu e o Inferno.   Para quem quiser dar continuidade nos estudos em cima da autoria de Allan Kardec, podem se inteirar de muitos temas escritos durante sua vida como Espírita no trabalho de vários textos, contos, temas diversos sobre mediunidade, pesquisas sobre veracidade de tal e tal assunto envolvendo espiritualidade, enfim  assuntos abordados neste aspecto que são praticamente todos encontrados nos seus escritos junto a uma revista de sua época intitulada Revista Espírita. Após sua morte foi lançado o livro Obras Póstumas, que é considerado uma continuação dos cinco livros da Codificação.
           Entretanto, precisamos pensar também nas pessoas que não cultuam o hábito da leitura, nem Espírita e nem a qualquer outro assunto, apenas buscam textos curtos, mas objetivos e claros, sobre assuntos que lhes interessam, e dentre eles a Doutrina Espírita. Para esses e para os tantos outros leitores, comprometo-me a ir escrevendo alguns temas que considero interessante e de importância para quem quer seguir a orientação do Espiritismo.,
          Com esta intenção, espero que através deste blog eu possa contribuir na divulgação da Doutrina Espírita, e para não cair na possibilidade de escrever aqui algo que possa ser considerado enganoso, comprometo-me a buscar autores idôneos e pertinentes aos ensinamentos encontrados na Codificação Kardecista.
 
          Abaixo segue um trecho do livro "A Evolução do Princípio Inteligente" do autor Durval Ciamponi, no capítulo intitulado:
 
                                                             A VIDA ESPÍRITA
 
         " Após longos anos de estudos e práticas do Espiritismo, dentro da Federação Espírita de São Paulo, sem laivos de misticismo ou crendices supersticiosa, estamos convencidos de que os Espíritos existem e que também têm a possibilidade de se comunicarem com os homens, através do que se designa de faculdade mediúnica.  A nós, neste instante, não importa o ceticismo dos cientistas, porque eles, em grande maioria, não estudaram nem estudam as manifestações dos Espíritos, nem tampouco a convicção dogmática religiosa, porque eles se mantêm presos a fé cega e às determinações conciliares tidas como verdades absolutas, argumentando que tudo não passa de tolices, alucinações ou envolvimento demoníaco. Todos os que estudarem os descobrirão, se não tiverem medo dos homens nem medo de Deus.
          Os Espíritos existem e são almas dos homens que morreram. Um dia, certamente, a Ciência vai admiti-los e também suas comunicações com os homens, restando a Igreja reformular as decisões humanas contidas nos dogmas, que já tiveram sua serventia na história da civilização terrena.
          Diz Kardec que os Espíritos não são, como frequentemente se imagina, seres à parte na criação; são as almas daqueles que viveram sobre a Terra ou em outros mundos, despojados de seu envoltório corporal. Qualquer um que admita a existência da alma sobrevivendo ao corpo, admite por isso mesmo a existência de Espíritos.  Negar os Espíritos seria negar a alma. Geralmente, faz-se uma ideia muito falsa do estado dos Espíritos; eles não são como alguns creem, seres vagos e indefinidos, nem chamas como o fogo-fátuo, nem fantasmas como nos contos do outro mundo. São seres semelhantes a nós, tendo um corpo como o nosso, mas fluídico e invisível em seu estado normal.
          Quando a alma está unida ao corpo, durante a vida, ela tem um duplo envoltório; um pesado, grosseiro e destrutível, que é o corpo; outro fluídico, leve e indestrutível, chamado "períspirito".  Há, pois, no homem três coisas essenciais: primeiro, a "alma" ou "Espírito", princípio inteligente que abriga o pensamento, a vontade e o senso moral: segundo, o "corpo", envoltório material que coloca o Espírito em relação com o mundo exterior e terceiro, o "períspirito" envoltório fluídico, leve, imponderável, servindo de liame e de intermediário entre o Espírito e o Corpo."
 
 
          Espero que o trecho escrito acima possa ajudar aqueles que estão interessados em aprender sobre a Doutrina Espírita.  É de fundamental importância para o inicio deste entendimento que saibamos o que é Corpo, Períspirito e Espírito, e qual a função de cada um.  Allan Kardec na Introdução do Livro dos Espíritos diz: O laço ou períspirito, que prende ao corpo o Espírito, é uma espécie de envoltório semimaterial.  A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro (corpo físico). O Espírito conserva o segundo que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal (...)  
           Assim, por estas poucas palavras já podemos notar que somos Espíritos Eternos e que atuamos em cada fase de vida, seja no plano terrestre, quando usamos como ferramenta para nossa manifestação o corpo físico ou no plano espiritual  quando usamos como ferramenta da nossa manifestação o nosso períspirito. Entretanto seja com um, com outro ou com ambos, temos que saber que seja qual for o instrumento que usamos para nos manifestar ele SEMPRE será o meio para manifestar a nossa vontade e esta se encontra no nosso Espírito.
            Abraços e até a próxima! 
            Loraine
 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

LIVRE-ARBITRIO E DETERMINISMO

Olá amigos leitores deste blog!

          Como combinamos, postarei mais assuntos que interessa aos adeptos de Doutrinas Espiritualistas.  Assim, busquei o tema Livre-arbítrio e Determinismo.  Embora pesquisado em muitos livros que tratam deste assunto, foi em um dos livros da Escola de Aprendizes do Evangelho, estágio de preparação espiritual para ingresso na "Fraternidade dos Discípulos de Jesus" (criado em 1950 - FEESP) que encontrei com mais clareza e simplicidade as palavras que definem este tema. 
                     Espero que gostem.
                     

                     LIVRE-ARBITRIO E DETERMINISMO


                      No ponto de vista material, essa lei é de efeito absoluto mas no setor espiritual, é de efeito relativo, pois o mesmo livre-arbítrio que libertou forças passadas, poderá libertar novas forças, agora em sentido contrário `as primeiras, para atenuar o choque de retorno delas; o livre-arbítrio de hoje não invalida ou extingue o contra-choque do livre-arbítrio de ontem, (determinismo) mas pode atenuar-lhe a intensidade e modificar-lhe os efeitos mais íntimos sobre a própria personalidade. Ampliando assim, no tempo, o efeito desse principio de Ação e Reação, ou seja de causa (impulso primário) e de efeito (impulso secundário, de igual intensidade mas de sentido contrario) concluímos que a vida de um determinado espírito num determinado momento é a resultante das forças libertadas no passado por ele próprio, quer ainda não tenham sido corrigidas ou suplantadas ou então definitivamente integradas naquele espírito; se realmente essa vida atual está condicionada `as vidas já vividas, contudo resta sempre ao espírito, pelo seu atual livre-arbítrio, já esclarecido por tantos choques de retorno, orientar a vida futura em nova direção , anulando paulatinamente todos os choques de retorno dolorosos do passado e emitindo novas forças no sentido novo que quiser viver no futuro. Futuro esse que estará distante ou perto, na razão da vontade posta em ação  naquele sentido, sempre seguindo o mesmo principio do Cristo: A cada um segundo as suas obras.
                          As forças irradiadas do ser formam o seu mundo psíquico, no qual  ele se movimenta, do qual ele se nutre e pelo qual ele observa o mundo psíquico, esse profundamente móvel, flexível e modificável pela ação da vontade.
                         Evidentemente não pode haver evolução sem a liberdade de escolha ou o uso do livre-arbítrio; assim deduzimos: para que o livre-arbítrio atue nas leis que regem a vida, estas não podem ser rígidas. São elásticas e tolerantes, características que espelham a bondade e a misericórdia do Pai.  Entretanto, o abuso sempre traz conseqüências! É quando o direito de escolha é subtraído do espírito que inicia a caminhada em sentido contrario, esvaída a força do seu livre-arbítrio, e a lei o conduz para a posição de equilíbrio  estável em função  dos compromissos assumidos ao longo das experiências de suas varias encarnações.
                      Isso para a alma orgulhosa e ignorante, que não sabe entender a essência dos fenômenos vitais, significa dor, angustia, sofrimento e lhe parece, então, "ira Divina", quando na realidade, é benção misericordiosa, aprendizagem vivida, retificação do caminho para a consecução consciente da felicidade permanente,  qual só existe na realização do Plano Divino.  Assim se processa a evolução, isto é, o conhecimento cada vez maior da vontade de Deus e, pois, das Leis Divinas que regem a vida.
                       Cedo ou tarde, conforme o uso que fizer de seu livre-arbítrio, o homem conhecera o Plano Divino e nele se integrará conscientemente. Bem o disse Jesus: O que eu faço vós podeis fazer; Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito. É da vontade de meu Pai que eu nada perca de tudo que Ele me deu; Ele me deu poder sobre toda a humanidade.  A felicidade absoluta é a meta que aguarda todas as criaturas.


terça-feira, 15 de abril de 2014

PAI NOSSO - Roteiro para ser feliz.

          Hoje acordei com saudade de um amigo que está distante, mas muito perto do meu coração. Lembrei-me de um tempo difícil para ele, qual o deixou bastante deprimido e ao mesmo tempo sentido com Deus.  Perguntava o porquê daquilo ter acontecido com ele? Seria, talvez, porque cometera tantos erros e que agora os estava pagando?
            Quando quis responder, ele colocou sua mão sobre minha boca e disse para eu não falar nada porque sabia que eu era Espírita e podia imaginar o que eu falaria a ele naquele momento, então me calei e deixei que ele ficasse a se perguntar sem obter qualquer resposta.  Mas a impressão que eu tive, logo a seguir, foi de que ele sabia o porquê, mas não queria, se quer, pensar nos motivos que o levaram a tal situação e que nada ele poderia fazer por ser tarde demais. Enfim, percebi que seria mesmo melhor eu me calar e deixar por conta das suas razões.
              E lembrando deste meu amigo, que nada mais podia fazer para reverter uma situação,  pensei  em quantas coisas que nos acontece nesta vida, boas e más,  e que só depois nos apercebemos delas. Quando são boas, ótimo, mas quando são más, bate o desespero e corremos para reverter o resultado. Quando conseguimos, ótimo, mas, `as vezes acontece de ser tarde demais.
              Já aconteceu isso com você? Pois comigo sim.  Arrisco a dizer que já aconteceu com quase toda a população humana.  Não digo 100% porque acredito que aqui na Terra há os Espíritos quase perfeitos que nasceram aqui para nos ajudar a não cometer erros, e para citar alguns deles, pensemos em Buda, Mahatma Ghandhi, Sócrates, Platão, e  tantos outros, além de indiscutivelmente o mais perfeito deles, Jesus Cristo.  Acredito ainda que está nascendo Espíritos mais evoluídos entre nós, contudo, pelo nosso grau de adiantamento evolutivo, já não se faz necessário a divulgação do nome deles, e muitos são os que os reconhecem por terem "olhos de ver e ouvido de ouvir", que também não são poucos por esta Terra.  Verdade!  Embora a mídia faça questão de divulgar mais o Mal do que o Bem, o segundo é bem mais do que o primeiro.
             Lembremos que todos esses Espíritos grandiosos, que estiveram, estão e,  outros que estarão entre nós, talvez de formas e modos diferentes, entre muitos ensinamentos de luz, batem sempre na mesma tecla: para ser um homem de bem segui o roteiro da Oração Dominical, ou seja, O Pai Nosso.
            Se tomássemos mais cuidado com nossas vidas e seguíssemos este roteiro, com certeza, não teríamos muito do que nos arrepender.
           Para quem tem dificuldade em ver o significado das sábias frases que contém esta oração, copio mais abaixo, o feliz entendimento delas por Richard Simonetti, no seu livro A Voz do Monte, no capitulo intitulado: Como Orar. Diz ele assim:
               
                 A oração, em essência, expressa sentimentos. As palavras ajudam a exprimi-los, mas podem também esvazia-los, se repetidas muitas vezes. Desaconselhado, pois, o uso habitual de fórmulas verbais, que transformam a oração em reza - ideias penduradas no cérebro, que se extravasam pela boca, sem interferência do coração.
                      O "Pai Nosso" não deve ser tomado `a conta de mera formula verbal, cujo poder esteja na quantidade de vezes que venha a ser pronunciado. É preciso recordar que, ao apresentar a oração dominical , Jesus propunha-se a mostrar aos discípulos como orar. Nele, portanto, temos o roteiro de nossa atitude na oração, dos sentimentos que devemos mobilizar, a fim de que alcancemos a comunhão com a Espiritualidade Maior.
                      Começa Jesus dizendo:
                     Pai Nosso, que estas nos céus.   Com Moisés Deus era o Senhor dos exércitos, soberano despótico, terrível, que se vingava até a quarta geração daqueles que o ofendiam. Jesus no-lo apresenta como o Pai Celestial, que devemos evocar com a mesmo confiança de quando, nos verdes anos, buscávamos a proteção paterna.
                   Santificado seja o teu nome.  O nome de Deus é sagrado. A oração, por isso, não pode ser vulgarizada.  Ainda  que oremos varias vezes ao dia, é preciso fazê-lo sempre com muito respeito, mobilizando o que há de melhor em nós.
                      Venha a nós o teu Reino.  Jesus ensinava que o Reino de Deus é uma realização íntima da criatura humana representando a integração  de nossas almas nos propósitos da Criação. Começamos a construí-lo quando nos empolgamos pelo ideal de servir.  Trabalhando  pela edificação na Terra, com a prática do Bem, que nos eleva da inércia para a condição  de colaboradores do Céu, acabaremos por encontra-lo em nosso próprio coração.
                       Seja feita a tua Vontade, assim na Terra como no Céu.  Observando esta orientação, jamais seremos atingidos pelo desespero, pela revolta, pelo desânimo. Aceitando a vida e seus eventos, como um conjunto de experiências necessárias `a nossa edificação, estaremos habilitados a fazer o melhor. conservando a paz e valorizando as experiências humanas.
                    O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje.  De Deus devemos esperar nosso sustento sempre, conscientes, entretanto, de que, se o Senhor nos dá o trigo, compete-nos o esforço de fazer o pão. Ele nos oferece os patrimônios da Vida, mas o esforço de viver é nosso.
                       Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. Ninguém está isento de erros... Há tanto mal de que devemos pedir perdão a Deus!... Por isso é preciso perdoar.  Afinal, os que nos ofendem também são seus filhos.  Como merecer o perdão  de nosso Pai, sem perdoar aos nossos irmãos? Como ama-Lo, odiando seus filhos?
                     Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos de todo mal.  Proteção jamais nos faltará, ante as arremetidas das sombras, desde que guardemos a disposição  de fazer o melhor, conscientes de que somos tentados não por circunstâncias exteriores, mas pelo mal que existe em nosso próprio coração.
                         E Jesus termina dizendo simplesmente: Assim seja.  Assim deve ser. Os princípios  básicos apresentados na oração dominical constituem o roteiro de nossa comunhão com Deus, conscientes de que na luta pela conquista da felicidade e da alegria, da paz e da afetividade, se fizermos um pouco, Deus fará o resto.

                           Obrigada por ler este blog.






















domingo, 30 de março de 2014

"Orai e vigiai para não cairdes em tentação"

Olá amigos leitores;

     Desculpe-me pela ausência nestes últimos meses, mas foi preciso para a resolução de problemas de ordem pessoal, entretanto, apesar dos pesares, tive tempo para refletir sobre eles e resolve-los a contento, assim como neste meio tempo refleti também sobre temas para postar neste blog que há muito estavam fervilhando na minha cabeça. Decidir sobre eles foi difícil  por perceber que a maioria dos meus leitores são Espíritas, mas, segundo a intenção deste meu blog, é que a reflexão de todos os temas postados devem ser para o bem de todos e não só para a maioria e nem tampouco só para a minoria.  Assim, pensando em todos os leitores, não vou me voltar somente a temas da Doutrina Espírita, mas sim a temas espiritualistas, do tipo que agradem também outras religiões, inclusive que agradem os Agnósticos e os Ateus.   
     Durante muitos anos me ative aos estudos da Doutrina Espírita e por ela cheguei a ideia de que não devo esperar nenhuma religião explicar Deus.  Sim, para mim nenhuma explica, mas todas nos levam a pensar em Deus como o bem maior e, por isso, a direção a ser seguida. Não será portanto, Deus, nenhum dos temas, porque se nenhuma religião conseguiu explicar, minha humilde reflexão conclui que não será este blog que explicará. 
    Todavia, as Leis Divinas são temas que exigem as melhores reflexões por nossa parte, e por isso, proponho que pensemos sobre elas. 
    Sendo assim, a partir de hoje, este blog passará a expor com mais frequência, temas espiritualistas, assim como também aceitará sugestões destes temas por parte dos leitores. 
    Então, vamos em frente! Espero que gostem!


"Orai e Vigiai Para Não Cairdes em Tentação" 
   Foi uma das recomendações que  Jesus Cristo nos deixou  quando esteve entre nós em corpo físico.      Lembremos que hoje ele continua entre nós, mas em Espírito.  E, em propósito do que se disse acima,  ninguém consegue orar com sinceridade, quando está preocupado em afirmar sua religiosidade ou mostrar qualquer virtude. 
   Orai e vigiai está no sentido de que há necessidade de verificar a sinceridade da oração.  Requer recolhimento para que se possa colocar o melhor de si na oferenda ou rogativa da prece, e nunca esquecer de que a forma de orar nada vale, pois o pensamento tudo dirige. 
    As preces devem partir do coração e não apenas dos lábios. Tem valor pelo pensamento que a dirige,  portanto deve ser inteligível, espontâneo e conciso. Cada palavra, deve ser entendida e sentida, pela própria pessoa que faz a prece. Não há necessidade de ser ouvida por outras pessoas, mas, se houver uma ou mais pessoas ouvindo, que sejam elas respeitosas e empáticas. E quando quem esta fazendo a prece tem também o propósito de faze-la coletiva, que ela seja inteligível a todos, por isso deve ser simples, enfatizando a desnecessária  e vã repetição  de palavras.
     Vamos lembrar que nosso Criador, infinitamente perfeito em todos os atributos, já sabe do que necessitamos, então lembremos de que é imprescindível orar e pedir discernimento para saber o que nos convém.  Devemos orar para estarmos em ligação, em sintonia com o Criador.  
       Orar  nos faz forte para combater o que nos prejudica e nos faz forte para passar com dignidade as situações em que não conseguiremos mudar.  Orar nos faz forte para conseguirmos vigiar  a nós mesmos e não cair em tentações que nos farão arrepender cedo ou tarde.  
        Não devemos pensar que, vigiar-nos serve somente para nos livrar das tentações ou de nos livrar de todo o mal.  Vigiar a nós mesmos é  dar sentido a nossa vida, fazer dela o melhor para vivermos com sabedoria e dignidade, evitando assim os aborrecimentos que a vida pode nos trazer, segundo as sementes que plantamos.  Vigiar nossa própria vida é uma forma de não mentir para nós mesmo,  além de dar provas de que amamos e respeitamos o nosso Criador.  É também uma forma de evoluirmos com grandeza no caminho perfectível  e infinito do Ser. 

       Obrigada por ser um leitor deste blog. Até a próxima!