sexta-feira, 17 de abril de 2015

O COMPROMISSO DE AMAR A DEUS ACIMA DE QUALQUER COISA

Olá amigos leitores!

          Hoje pela manhã, estava mexendo nos meus arquivos e por lá guardo algumas inspirações que costumo escrever para não esquecer de que um dia eu as tive. Assim, em minhas mãos foi parar uma resposta que dei a uma aluna do básico II, dos cursos ministrados em casas Espiritas, referente a Doutrina Espírita. Foi escrito no ano de 2007, e a pergunta foi feita quando tinha terminado a aula e estava saindo da sala quando a aluna me abordou com a dúvida que ela tinha. Prometi, por causa da pressa, responder na próxima aula. E assim, em casa, naquela semana, veio-me a mente que eu tinha uma resposta a dar, então me posicionei para escreve-la. Assim foi a resposta para a pergunta dela, que me dizia não saber se conseguia amar a Deus acima dos filhos dela, pequeninos e que ela confessava ser apaixonada e por eles capaz de tudo fazer!
          Assim foi lhe dado a minha resposta, mas não sem antes pesquisar e ser pensada, repensada e, ao mesmo tempo, passar para ela o que  eu acreditava ser para mim a resposta mais adequada, não só para aquela pergunta, mas para todas as dúvidas que abordam o sentimento de culpa que sentimos quando uma vez ou outra achamos que amamos tal e tal coisa ou pessoa, acima de Deus. Somos ainda muito imperfeitos, mas estamos no caminho da perfectibilidade, portanto, essas coisas e muitas outras, que de momento nos parece difícil de entender ou ainda estranha para nós, acontecem nesse caminho. 
Será que eu consigo amar a Deus acima de qualquer coisa?

          Estamos ainda muito longe da capacidade de sentir amor no seu estado absoluto, entretanto, podemos ter uma vaga ideia dele sentindo o amor que mais se aproxima de sua semelhança. Este, é o amor que sente uma mãe que ama verdadeiramente seu filho ou filhos.
          Somos herdeiros de tradições milenares, presos ainda pelos atavismos das repressões.
          No Decálogo esta escrito: Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo.  E ainda encontramos nos textos sagrados: Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa de servidão. Não tereis outros deuses estrangeiros diante de mim. Não fareis imagem talhada, nem nenhuma figura de tudo o que está nas águas sob a Terra. Não os adorareis, nem lhes rendereis culto soberano. ( 1º Mandamento; Moisés )

           Amar a Deus sobre todas as coisas é estar ciente de que existe um único Criador, infinitamente sábio e poderoso. Que tem todas as qualidades de modo infinito e absoluto, portanto, saber dessa existência é compreender que Ele é infinitamente superior a sua criação. Nós somos uma das suas criações e "tentamos" amá-Lo  a altura da realidade que Ele se mostra a nós.
           Se refletirmos com mais vontade sobre os dez Mandamentos veremos, com certeza, que neles estão contidos a justiça, o amor e a caridade.
           Justiça: trata-se do respeito aos próprios direitos e aos direitos dos outros.
            Amor: é o amor absoluto - Deus é amor absoluto.
            Caridade: Dar de si - ser fraterno para consigo e com os outros.
            Quando se fala em amar a Deus acima de todas as coisas, entendamos que Ele é o primeiro a ser amado, mas isso nunca acontecerá de imediato porque para amarmos alguém é preciso que conheçamos o amor. Este, nos é revelado gradualmente, na medida em que vamos sendo mais puros de coração.
           Como ainda estamos em tempo de aprendizado, somos ainda egoístas e partimos primeiro para a nossa própria direção.  É por isso que Deus diz para amarmos o nosso próximo como nós nos amamos, assim teremos certeza ou noção do que devemos sentir por eles.
            Entendendo o amor fraternal, ou seja, aquele que vai em todas as direções, sem nenhum obstáculo, chegaremos a conclusão de que graças ao Nosso Criador somos puro amor e por essa graça seremos eternamente gratos por Ele ter nos deixado interiorizar  esse sentimento, porque é ele que nos leva para a felicidade absoluta.
             Por enquanto não nos preocupemos se amamos nossos entes queridos acima ou igual a Deus. É assim que deve ser quando ainda estamos no percurso da perfeição. O importante é saber que haverá tempo em que todos nós seremos fraternos universalmente, mas para isso ainda necessitamos graduar o nosso amor, ou seja, estamos aprendendo a amar por partes.
             Obviamente damos prioridades aos nossos filhos e Deus permite que isso aconteça porque, de fato, Ele quer que tenhamos uma noção mais próxima do que Ele sente por nós. Não desejamos o mesmo amor para nossos filhos?
              Errado é não amar.
              Quanto mais aumentarmos o nosso "leque" de amor, mais felizes nós seremos. Lembremos que esse "leque" inclua todas as nossas ações em relação ao amor, desde a nossa primeira encarnação até a presente.
              O objetivo é o AMOR ABSOLUTO, mas durante o nosso percurso ele será AMOR RELATIVO.
              Temos, sim, que nos esforçar para não graduar o amor, entretanto, lembremos que para isso temos também que apreender muitos ensinamentos, que por sinal já estão ao nosso alcance. Onde? No exemplo de Jesus...
               Abraços e até aproxima!
                Loraine