quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Meus desejos de Natal e Ano Novo para os leitores deste blog

         Meus desejos de Natal e Ano Novo para os leitores do "Refletindo Sobre as Coisas", é tão simples como simples é esta poesia de Victor Hugo.
        Agradeço a todos os leitores do Brasil pelas muitas visitas que fizeram a meu blog neste ano de 2011.
        Também com muita frequência, visitaram meu blog os leitores da Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Portugal, Rússia, Canadá e Argentina, por isso, a eles, meus agradecimentos também.  E para prestigiar todos meus leitores, abaixo escrevo a poesia do consagrado poeta, conhecido mundialmente: Victor Hugo (1802-1885).



Desejo primeiro que você ame, 
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu',
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.


                                                                   Victor Hugo (1802-1885)












                                                     

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Qual é a minha religião?

Não saber exatamente como se definir dentro de uma religião pode não incomodar uns, mas pode incomodar outros que se sentem constrangidos diante de si mesmos e de pessoas que  assumem serem seguidoras de alguma religião.  Normalmente, quando perguntamos a estes incomodados por que não seguem os ensinamentos das religiões que dizem pertencerem, a resposta é quase sempre a de que acreditam em Deus mas não são fanáticos ou não gostam de frequentar os templos religiosos, ou ainda dizem que para eles bastam a crença em Deus.
Bom, não sou eu que vou convencê-los a se posicionarem melhor diante desta situação de ser ou não ser, de seguir ou não seguir.  Entretanto, penso que muitas dessas pessoas não sabem exatamente a definição de suas próprias crenças, talvez, por não concordarem com alguma ou algumas  imposições das mesmas, e isto traz o desânimo para se tornarem praticantes, principalmente por não se sentirem áptos a discutirem o assunto ou, o dogmatismo de tal religião.  Para essas pessoas que se sentem incomodadas, sugiro o primeiro passo para solucionarem este problema cognitivo e a primeira coisa  a fazer é decidir se querem ou não ir adiante nesta busca.  É importante ter em mente que os assuntos discutidos dentro das religiões podem ter muitas verdades, algumas mais claras outras menos. Contudo, é preciso ter discernimento para entender estas verdades e talvez, para essas pessoas em dúvidas é exatamente o que lhes faltam. Antes de buscar posições dentro da religião, busque primeiro o conhecimento dela, entender o que até então não era entendido. Somente o conhecimento pode levar a um bom resultado e vale lembrar que conhecimento se adquiri por vários meios, dentre eles alguns mais seguros que são através de estudo, de pesquisa e da vontade de saber.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sobre o livro EU, PRODUTO DE UMA CONFRARIA

EU, PRODUTO DE UMA CONFRARIA é um daqueles livros empolgantes de principio ao fim. Por curiosidade, além de ser ficção, é um livro de ATUALIDADE, que leva o leitor a conviver com situações empresariais que estão de fato acontecendo - A Sucessão das empresas familiares é um problema a ser equacionado e analisado a nivel Nacional.  Recomendo este livro para todas aquelas pessoas que são ou querem ser empresarios. A autora - Loraine, tem a sorte de ser PIONEIRA, e dito espirito precursor levará à sua obra para solucionar problemas de ordem familiar dentro de empresas familiares por muitas gerações.  Parabéns Loraine !!!!
Comentário de Wolfram Quintero
Diretor Presidente de uma empresa familiar


http://www.livrariasolis.com.br/
Já está disponível na Livraria Solis um dos livros
mais instigantes dos últimos tempos: Eu, Produto de Uma Confraria
de Loraine Reato

Assunto: " Para que o patrimônio familiar não corra o risco de se perder nas mãos de herdeiros incapacitados, cheios de vícios e de moral duvidosa, ou ser transferido para alguém que não tenha nas veias o seu sangue, o empresário Murilo Medeiros resolve aceitar a proposta vinda de uma Confraria que garante que o seu patrimônio atravessará gerações sem deixar de levar seu nome ou de ser dirigido pelos seus herdeiros de sangue. A empresa prosperará, mesmo que quem esteja no comando não tenha capacidade para tal.
            Todavia, essa proposta terá um custo que não envolve somente pagamentos em dinheiro, mas segredos que jamais deverão ser revelados, entre os quais o sigilo absoluto da existência dessa Confraria.
            Caso algum segredo seja revelado, a pena será decidida pelos confrades com o poder de aplicar punições brandas ou cruéis, podendo até exigir a vida de quem falhou..."

Palavras da autora:  "A vida está para ser vivida e também para ser lida. Observar é ler detalhadamente o que lhe está sendo mostrado".



terça-feira, 26 de julho de 2011

O que vem a ser "COISA" ?

          Prezados Leitores;

          Um dia desses recebi de um amigo um e-mail que tentava, e conseguiu quase que perfeitamente, decifrar o que seria uma coisa.  Diverti-me ao ler porque a coisa era tão óbvia que não pude discordar ao mesmo tempo que tinha tanto a acrescentar.  Mas acrescentar o quê? Qual das coisas?  São infinitas as coisas...
          Não sei quem é o autor deste texto que em seguida eu passo a vocês, contudo, seja ele quem for, foi feliz na tarefa de decifrar parte da coisa.  Peço licença para divulgá-lo neste blog porque acho que tem tudo a ver com ele.
          Deixem seus comentários e quem quiser refletir sobre as coisas, permita-nos partilhar a reflexão. São tantos sentimentos que não conseguimos decifrar ou entender, mas se tornam tão simples quando chamamos estes mesmos sentimentos de "coisa".  Dá-nos a impressão que conseguimos nos fazer entender.

                                                              COISA

                 A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta, qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português. A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
              Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra José Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego).
              Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha. Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.
             Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.
            Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
            Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
           Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
           Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim! Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
          Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
          Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece. Diga-me coisas bonitas. Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas. Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."
          Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal.
         O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma. A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia!
         O eleitor já está cheio dessas coisas! Coisa à toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
         Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós
amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas?
         Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más. Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda.
        Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas".   
        ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Refletindo sobre o que ver na televisão, revistas e jornais

Às vezes, sinto necessidade de calmaria, de ficar sozinha sem ter que me preocupar com alguma coisa, então penso que gostaria de assistir alguma coisa na televisão, talvez  um filme tipo comédia ou adocicado para me ajudar a relaxar dos problemas do dia-a-dia ou, ficar mudando de canal até aparecer algo que me agrade.  Infelizmente, quem chama mais atenção são quase sempre o que nos incomoda pois estamos acostumados ver desgraça alheia ou coisa que só atinge os outros e não nós mesmos.  É aquele
velho chavão: "pimenta nos olhos dos outros..."
Lembrei-me do livro da Ayn Rand - "A Nascente". Dois personagens conversam sobre o que editar no jornal, um era o repórter e o outro o dono do jornal. O dono dizia: "Se você fizer as pessoas executarem um dever nobre, elas ficam entediadas.  Se as fizer cederem às suas próprias vontades, elas ficam envergonhadas.  Mas basta juntar as duas coisas, e você as tem na palma da mão."  Ele  publicava histórias de garotas que se deram mal, divórcios da sociedade, asilos de orfãos, bairros de prostituição, hospitais beneficentes. Dizia, ainda, publiquem  o que o público pede: crimes, escândalos e sentimento. "O sexo em primeiro lugar. Lágrimas em segundo. Faça-os desejar e faça-os chorar, e eles estarão em suas mãos."
Proponho aos leitores refletir sobre a cooperação indireta, ou direta, do público na criação dos programas de televisão assim como nas reportagens escolhidas pelos editores para serem as chamadas nas capas das revistas ou na primeira página dos jornais. Vamos refletir... comentem !
Loraine Reato