domingo, 23 de setembro de 2018

O ESPÍRITO E O SEXO

Olá Amigos Leitores!

Vamos para mais uma explanação referente a assuntos da Espiritualidade:

O assunto é "O Espírito e o Sexo", tirado do livro "Iniciação Espírita" da Editora Aliança.


                                                       O ESPÍRITO E O SEXO
 
           Uma das mais amplas fontes de desequilíbrio e de perda de energia é o sexo.
           Vamos escrever sobre este assunto não no ponto de vista material ou médico, se assim se pode dizer, mas sob seu aspecto espiritual.
Imagem relacionada           Atividade sexual na esfera em que estamos é o conjunto de ações ligadas ao sexo: pensamentos, olhares, gestos, atitudes, desejos, etc.
           A alma é bissexual; é um andrógeno; tem duas tendências, dois impulsos, duas características, dois polos, duas linhas de evolução; é macho e fêmea; positiva e negativa; é força e suavidade; dinamismo e inação; quando vibra em um polo, busca completar-se com a outra parte, que está no outro.
            A atração irresistível dos sexos mostra a unicidade que existe nas almas.  Nelas não há duas metades separadas mas sim unidas e complementares, que estão sempre se buscando uma à outra.
            A alma é ao mesmo tempo homem e mulher, antes que fosse homem ou mulher era simplesmente um Espírito assexuado, sem sexo, segundo o modo comum de entender o sexo.  Este, em nosso meio, é somente uma condição exterior porque, realmente, a alma, em si mesma, continua a possuir as possibilidades de manifestação nos dois sentidos.
             Não há propriamente almas gêmeas: há tendências mais ou menos opostas e complementares em cada alma, procurando integrar-se.
             O Espírito, como dissemos, é bissexual, porém, a necessidade evolutiva de realizar experiência nos dois sentidos, trouxe a separação exterior em duas tendências.  Essas duas, na evolução, vão se desenvolvendo em si mesmas, porém buscando-se sempre, visando o equilíbrio e, afinal, processadas essas experiências, unem-se de novo, integram-se de novo em um só e único ser.
             A força real do sexo está não no corpo físico, nos órgãos do sexo, mas nessa constituição ou essência bissexual que somente após longas provas e inumeráveis experiências através dos tempos, consegue promover a unificação individual, a integração da alma em si mesma.
             Por isso é que o amor sexual nunca satisfaz; porque a essência verdadeira não está nele, é alheia ao tumulto das paixões da carne; somente na lei do amor universal encontra a alma satisfações e gozos que só pertencem ao Espírito imortal.
             Nessas esferas mais elevadas ao se defrontarem dois Espíritos, flui de um para o outro uma corrente de força que vem de polos opostos, atraindo-se, buscando sintonia, união, de acordo com a lei universal do amor, da unidade, da sintonia.
              Nas rotas da eternidade, através de inúmeras provas, sofrimentos, resgates, elevações e quedas, os Espíritos se aprimoram, se purificam, expandindo a largos limites sua capacidade de amar que, por fim, abrange humanidades inteiras, sempre visando a unidade em Deus, que é a fonte atrativa de origem, a meta final da evolução.
               Nessas esferas superiores, fluem das almas, de umas para outras, radiações amorosas sublimadas, e atrações magnéticas, puríssimas e poderosas, numa constante permuta de sentimentos elevados, perfeitos, inefáveis, de suaves enlevo espiritual.
               Os polos opostos da organização anímica se atraem fortemente fundindo as almas entre si, em vibrações deliciosas e espontâneas do mais sublimado amor.
                Esses Espíritos elevados já conseguiram integralizar suas almas em si mesmas, fundindo os dois elementos essenciais, constitutivos, masculino e feminino, positivo e negativo, e já vibram em tonalidade muito alta no campo da unidade universal; atraem-se uns aos outros de forma completa, espontânea, irresistível, sem egoísmo por sintonia.
                Para esses Espíritos o sexo nada mais é que troca permanente e enlevada de sentimentos de amor purificado.
                O mesmo, todavia, não se verifica nas esferas de vida espiritual inferior, nos degraus mais baixo  da escada evolutiva: aí o sexo é gozo animal, espasmo do músculos, volúpia da carne; o homem produziu-lhe tremendas deformações, desvirtuou a sua finalidade e corrompeu seu sentido.
                Não podendo concebê-lo e muito menos pratica-lo, fê-lo instrumento de seus impulsos animais e, desta forma, como é escravo desses impulsos, é também escravo do sexo.  Entretanto, mesmo assim, com esse caráter material e inferior, o sexo ainda se conserva como poderoso elemento de educação espiritual e de elevação.
                 De fato: o desejo de posse e de prazer físico aproxima os indivíduos de sexos diferentes, une-os de certa forma numa intimidade orgânica, preparatória da futura unidade no campo do amor espiritual. Por isso é que o matrimônio é um instituto social educativo e de alta valia para o progresso do Espírito encarnado, porque essa intimidade orgânica e essa precária união momentânea de almas, ainda se robustece mais com as vicissitudes, as provações, os sofrimentos passados em comum, no se tolerarem como conjugues, no gerarem, criarem e educarem filhos e, ainda, no lutarem juntos pela formação e pela defesa de interesses e bens comuns ao patrimônio familiar.
                  Nessas esferas inferiores, o Espírito ainda está muito bipartido em si mesmo, desintegrado em suas tendências sexuais e, por isso, em cada encarnação, vibra somente em um dos dois polos da sua própria constituição anímica, o que, realmente, representa um desequilíbrio fundamental.  Por essa razão, são muito intensos seus impulsos, seus anseios no sentido de ligar-se ( ainda que inconscientemente ) ao elemento oposto e complementar, aparentemente ausente; isto lhe dá uma intranquilidade permanente, uma constante insatisfação que o leva a lançar-se no campo do sexo oposto, buscando, fora de si mesmo e ansiosamente, os gozos materiais que jamais o satisfazem.
                  O caráter verdadeiramente real do equilíbrio somente muito mais tarde será encontrado, nas esferas evolutivas superiores e, por isso, a busca do amor no ambiente exterior é ilusória e improfícua; jamais o homem encontrará sossego e paz enquanto não libertar-se dos impulsos da vida inferior.  Essa satisfação espiritual, diferente daquilo que os homens conhecem, figuradamente podemos dizer que somente se encontra no céu.
                  A inteligência do homem e sua ambição é que criaram o desvirtuamento do sexo, baixando-o do plano espiritual para o material.  Ele vive pelo desejo do gozo físico quando seu verdadeiro anelo deveria ser a realização do amor eterno, imortal, espiritual.
                  O sexo é uma força muito ampla, que traduz o desejo de possuir algo, unir-se a algo, dentro dessa lei do amor, e esse sentimento, esses desejos elevados, impelem o ser às mais variadas realizações, ao movimente incessante, ao progresso espiritual.
                   No plano material, essa lei quer somente o uso do sexo para a reprodução da espécie e não para o gozo pessoal, passageiro e egoísta, como quer o homem.  Nesta satisfação material a alma não entra, a não ser na sua expressão inferior, mais ligada ao mundo animal.
                   Não se nega que os gozos sexuais da carne concorram para unir os indivíduos, como já dissemos, pela intimidade que entre eles se estabelece, mormente no matrimônio; porém isso ocorre somente nos graus mais inferiores da escala evolutiva, entre os quais a Terra se coloca.  Nos mundos superiores, as satisfações do sexo, repetimos, são todas do campo da vida moral.
                    Os homens substituem a realidade pelo símbolo.  O símbolo é o sexo na carne, que encobre o santo sacramento do amor, união das duas tendências essenciais da alma; quando ela encontrar em si mesma os germes opostos desse amor, se tornará um ser integral, capaz, então, de amar também a todos os seus semelhantes; porque, de separada se tornou unidade diferente, uniforme; integralizou-se, retomou o equilíbrio vibratório interno pela uniformização dos polos opostos, fundiu-se em si mesma no ser primitivo, tornando-se um foco, um centro, uma unidade de amor, no campo da vida universal.


                                                  PERDAS DE ENERGIA

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                     Assim como se carrega de energia, o organismo também perde energia e a perda maior, como já dissemos, é a do ato sexual, por causa da sua deturpação.  Esse ato, como é praticado, é estigma de inferioridade espiritual.
                     Quando a consciência espiritual superior desperta no indivíduo, desaparece a excitação sexual de caráter animal e as energias são conservadas e aplicadas para as atividades de outros órgãos, principalmente para a mente.
                      O segredo da vitória contra o vício sexual está no próprio Espírito e não no corpo físico.  O pensamento sexual, criando o desejo sexual, é que produz a excitação, o vício.  Fixando o pensamento em ideias de pureza, de espiritualização e outras coisas elevadas, pode-se lutar com vantagem contra o vício.
                       Pelo simples desejo e com violência não é aconselhável a repressão, porque a força acumulada no sistema nervoso, nas raízes ainda muito animalizadas, instintivas, e nos órgãos sexuais, a partir de certo limite, explode e o indivíduo não pode mais se conter. O certo é desviar os pensamentos e fixar a mente em coisas diferentes, nunca no sexo.
                        Os pensamentos tem grande poder e atuam sobre os órgãos do corpo físico de forma direta e poderosa, segundo a capacidade de vontade individual e a sinceridade da sua emissão.
                         Resolvido que esteja o Espírito a combater o vício, a ideia é posta na mente e nos pensamentos decorrentes do trabalho mental se armazenam no subconsciente; criado assim esse estado mental permanente, o subconsciente desperta e age por ocasião dos impulsos sexuais provocados por quaisquer circunstâncias e automaticamente os reprime.  A continuidade dessa repressão trará, por fim, a supressão do ato como vício.
                         Outra coisa a saber é que na luta pelo equilíbrio sexual, se consegue vencer o vício quando se deseja realmente vence-lo, com sinceridade de propósito e não quando o desejo é simplesmente sentimento platônico, no qual a pessoa se compraz.


                                         INFLUÊNCIA DO MAGNETISMO


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                       O elemento masculino acumula magnetismo positivo enquanto que o feminino acumula o negativo. Os corpos funcionam como condensadores e as energias acumuladas são gastas nas atividades normais da vida.
                         Quando os corpos se tocam, sendo de sexos diferentes, há trocas rápidas e fortes de energias magnéticas, com efeitos agradáveis ou não, segundo os sentimentos de cada um. Isto é fenômeno natural à lei do sexo, mas nada tem que ver com o ato sexual em si mesmo, que é coisa muito diferente. 
                         Os contatos de mãos, braços, etc., atrações de caráter magnético de polos diferentes, durante os quais a corrente de força flui de um ser para o outro.  Se os sentimentos ou os pensamentos são puros, esses contatos levam para a união das almas em terreno elevado, mas, se são impuros, levam para a animalidade do ato sexual.
                          Entre duas pessoas que se tocam, a corrente flui do mais forte para o mais fraco e este absorve força daquele.  Por isso não se deve dormir com crianças ou doentes.
                          Os homens fortes e animalizados sustentam legiões de vampiros.
                          O contato entre duas pessoas fecha o circuito magnético entre dois polos e a corrente flui tanto mais forte quanto mais forte for o pensamento, o desejo, o sentimento, ou a animalidade.
                           A força da Terra, o fogo da vida, flui sempre nos  plexos, vindo dos centros de forças, podendo ser encaminhado para este ou aquele órgão, quando a vontade já está disciplinada e a pessoa sabe como agir nestes casos.
                           Quando é ignorada, a força sobe pelo centro de força básico, passa ao genésico, e acompanhando o pensamento ou o desejo, se acumula nos órgãos sexuais, produzindo tremendas pressões, que podem levar o indivíduo até mesmo à prática de atos violentos e mortais, porque a corrente desordenada produz sérios desequilíbrios psíquicos e alterações fisiológicas bem graves.
                            Todas as secreções se fazem quando há necessidades delas. Assim, o suor, a saliva, a bílis, o leite materno, as lágrimas, tudo é regulado pelas necessidades naturais e o homem não intervém; entretanto, o mesmo não se dá quanto ao sexo porque, com seus pensamentos ou desejos, o homem intervém fortemente sobre as glândulas do sexo, produzindo funcionamento desordenado, que acarreta enormes perdas de energias e outros desiquilíbrios.
                             O homem se apoderou do sexo para seu gozo pessoal e acabou dominado por ele, pelos desiquilíbrios que sofre pelo viciamento. Séculos de abusos e de contravenções tornaram a situação como que normal, e isto traz ao homem enormes males no campo da evolução espiritual.


              
                                                       AÇÃO DOS ESPÍRITOS
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            Desvirtuando o sexo, o homem abriu também ao campo do mundo invisível a porta para o ataque dos seres maléficos que nele existem.  Não possuindo mais corpos de carne e saudosos dos vícios que possuíam antes, estes seres apoderam-se dos encarnados dominados pelos vícios e assim se satisfazem, de certa forma, num conúbio demoníaco e tenebroso, de verdadeiro vampirismo.
             Há milhões de pessoas no mundo todo, escravizados pelos Espíritos e utilizados por eles como instrumentos passivos de suas vontades e de seus vícios, tantas vezes monstruosos e animalescos.  É multiforme o vampirismo espiritual nos dias que correm.
              Os Espíritos inferiores convivem intimamente com os encarnados e os vampirizam de todas as formas.  Sugam o que eles comem e bebem; absorvem ou roubam suas energias, agindo sobre o organismo físico, promovendo seu enfraquecimento e dando origem a moléstias inumeráveis e de diagnóstico quase impossível pela ciência comum; sugam suas energias sexuais, promovendo, além disso, contatos impuros e exaltações terrivelmente perigosas.
               Este campo do vampirismo esta se alargando enormemente e só poderá ser restringido ou eliminado pelas práticas de autopurificação individual de corpo e espírito.
                O discípulo deve saber economizar e canalizar suas energias fluídicas, utilizando a vontade dos passes, para evitar acúmulos em certos órgãos e falta em outros.
                A excitação do sexo, quase sempre, como já dissemos, é acúmulo de fluidos nesses órgãos, principalmente nos centros de força básico e/ou genésico e, para o reequilíbrio, basta concentrar-se e desviar o pensamento em outras direções, ou canalizar a corrente fluídica para outros órgãos.
                Só é senhor de si mesmo o homem que governa a corrente e os impulsos do sexo. Elevando-se o pensamento a coisas mais altas, o corpo obedece e, mesmo quando pareçam agradáveis, deve-se expulsar do pensamento os desejos relativos ao sexo.
                 Deus vive em nós. Para chegar a Ele devemos concentrar nossas forças em nós mesmos e assim despertar nossas percepções espirituais superiores.  A luz que há em nós é a do principio espiritual, que deve ser posta em evidência pela vontade e pelo emprego justo das energias todas, que nos são postas à disposição para evoluir.
                  O sexo, conforme já dissemos, no devido sentido, é grande auxiliar da espiritualização dos seres, porque encaminha para o campo do amor universal.  Tendo começado como egoísmo, nos primeiros degraus, desenvolveu-se no tempo com a família, a grei, a pátria e vai assim crescendo e se expandindo sempre por toda a humanidade.
                   A luta pela conquista deste conhecimento obrigou o homem a desenvolver a inteligência, a vontade e as virtudes.  Temendo o futuro da prole, nos primeiros tempos, aprendeu a trabalhar, a plantar, a colher, a distribuir, a negociar, a economizar, a progredir de todas as formas e assim, de futuro, continuará a movimentar-se, visando coisas mais altas, já situadas fora do campo do egoísmo e pertencentes ao amor universal.
                    Tudo por causa, em grande parte dos estímulos que vêm do sexo, da ansiedade da alma em se integrar em si mesma, unindo as duas tendências, coisa que, afanosa e desesperadamente, procura no mundo exterior.





 
              

                        

 

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